Feira Medieval de Leiria 2025

Feira Medieval de Leiria 2025

Leiria Medieval 2025: Quando o passado toma conta das ruas

Já sentiu aquele arrepio bom de estar num lugar e, por um momento, esquecer o presente? É mais ou menos isso que acontece entre 17 e 20 de julho em Leiria. Durante quatro dias, a cidade troca o quotidiano pelo encantamento de outra era. Espadas, estandartes e vestidos rodados ocupam o centro histórico como se o tempo tivesse dado uma curva inesperada — e gratuita, o que também ajuda.

Um rei que não morreu… e um amor que ficou no ar

Em 2025, o tema não podia ser mais simbólico: 700 anos da morte de D. Dinis, o Rei que Não Morreu. E não morreu por uma razão simples — continua vivo na memória, nas lendas e na paisagem. Era lavrador e trovador, um homem de muitas terras e muitos versos. Amava Leiria… e talvez mais do que uma mulher. Mas vamos deixar isso à imaginação dos mais românticos.

A cidade celebra esse legado com encenações históricas, personagens de carne e osso que parecem saídos de um manuscrito iluminado, e claro — muita animação. O centro de Leiria transforma-se num palco vivo onde cruzamos reis, plebeus, mercadores e até aquele alquimista que jura que transforma vinho barato em elixir dos deuses (não testámos, atenção).

Cheira a história, mas também a pão quente

É impossível andar por ali e não se deixar levar pelo cheiro a especiarias, carne na brasa e pão acabado de cozer. As bancas de artesanato misturam-se com jogos para miúdos, danças para graúdos e um ou outro espetáculo que nos faz parar e sorrir — às vezes, só porque sim.

E quer saber uma coisa? É esse o segredo. A Feira Medieval de Leiria não se limita a recriar o passado; ela devolve-nos o prazer simples de estar juntos, em comunidade, de olhos brilhantes e pés cansados. Há qualquer coisa de profundamente humano em ver uma criança a rir-se de um malabarista, ou um avô a explicar ao neto o que era um escudeiro.

Um convite vestido de época

Se nunca foi, está mais do que na altura. E se já conhece, sabe bem que o encanto se renova a cada edição. Em julho, Leiria convida-nos a viver com os dois pés no presente e o coração no século XIII. É ou não é motivo para aparecer?