Festas de São Pedro 2025 - Alverca

Festas de São Pedro 2025 - Alverca

Programa

25 de Junho

22h00 – Quim Barreiros

26 de Junho

21h00 – Mãe Cabeça (Banda Vencedora do Alverca Band Fest)

22h00 – Karpe Diem

27 de Junho

21h00 – Marchas Populares (Avenida Capitão Meleças)

21h00 – Elias Marra (O Pagode do Elias)

22h30 – Cais Sodré Funk Connection

28 de Junho

21h00 – Rouxinol Faduncho

22h00 – Noite da Sardinha Assada

29 de Junho

10h00 – Missa Solene (Igreja de São Pedro)

11h00 – Procissão

22h00 – Virgem Suta

00h00 – Encerramento com Fogo de Artifício

Vamos ser honestos — há festas populares… e depois há as Festas de São Pedro em Alverca. A diferença? Está no detalhe, no cheiro a sardinha assada que se mistura com o som do palco, nas conversas de esquina, nas marchas que desfilam com orgulho pela Avenida Capitão Meleças. E este ano, de 26 a 29 de junho, a promessa é clara: voltar a reunir a comunidade à volta do que nos une — música, fé, gargalhadas e aquele sentimento de “isto é nosso”.

Quinta-feira, 26 de junho: a juventude aquece o palco

Depois do primeiro dia onde o rei Quim Barreiros vai fazer a primeira noite do São Pedro, a abrir as hostes, a banda Mãe Cabeça — vencedora do Alverca Band Fest — sobe ao palco às 21 horas. Jovens, irreverentes e com uma energia que contagia, são a prova de que a nova geração não só tem voz, como sabe usá-la.

Logo a seguir, às 22 horas, entra Karpe Diem — nome que, convenhamos, já nos dá pistas: agarrar o momento e deixá-lo ecoar em som. Se ainda está com dúvidas sobre o que fazer nessa quinta-feira, está resolvido.

Sexta-feira, 27 de junho: tradição com groove

Sexta-feira começa com a alma das Marchas Populares, às 21h00, na Avenida Capitão Meleças. É daquelas tradições que, mesmo que não se desfile, se vive com orgulho no peito. As músicas, os arcos, os figurinos — tudo meticulosamente preparado durante meses.

Mas calma, porque a noite ainda está a começar. Às 21 horas, no palco principal, entra Elias Marra, também conhecido como “O Pagode do Elias” — e, sim, já se adivinha o pé a bater e o ombro a abanar.

A cereja no topo do bolo? Cais Sodré Funk Connection, às 22 horas e trinta minutos. Um autêntico furacão de groove, alma e ritmo. Se ainda não os viu ao vivo, prepare-se para um espetáculo cheio de estilo, classe… e muito funk.

Sábado, 28 de junho: rir, cantar e petiscar

Sábado é sempre o dia mais imprevisível. Começa-se com o desconcertante (e hilariante) Rouxinol Faduncho, às 21 horas. Para quem não conhece, é fado com twist — uma sátira deliciosa à tradição, com humor que não ofende e uma voz que, surpreendentemente, é muito boa.

E logo depois… o momento mais esperado: Noite da Sardinha Assada, a partir das 22 horas. É uma espécie de ritual coletivo. As ruas ganham cheiro, vida e histórias. Há quem só apareça uma vez por ano — e, curiosamente, seja sempre nesta noite.

Se há noite que mostra o verdadeiro espírito de Alverca, é esta. O fumo da grelha, o barulho do papel pardo a rasgar, o copo de tinto na mão, o vizinho que cumprimenta com dois beijos e diz “até que enfim que nos vemos”… é tudo isso que transforma uma festa em memória.

Domingo, 29 de junho: fé e fogo no céu

O domingo começa cedo. Às 10 horas, a Missa Solene na Igreja de São Pedro marca o lado mais espiritual das festas — aquele que dá sentido ao nome. Logo após, às 11 horas, segue-se a tradicional Procissão, que percorre as ruas com dignidade e emoção. Não é raro ver olhos marejados, mesmo entre os mais jovens.

À noite, o ambiente muda de tom mas não perde o encanto. Virgem Suta, às 22h00, trazem letras que fazem pensar, melodias que embalam. É um fecho musical com classe — daqueles que apetece ouvir com atenção, de copo na mão e coração tranquilo.

E, claro, não podia faltar o fogo de artifício, à meia-noite. Porque uma festa como esta tem de acabar em luz.

Muito mais do que música

Entre concertos e missas, há as tasquinhas, os petiscos, as famílias sentadas em bancos de madeira, os miúdos com balões e churros nas mãos, os reencontros inesperados. Há Alverca. Há identidade.

E se me perguntares se vale a pena ir, eu respondo: não vais só ver uma festa. Vais sentir uma terra. Vais ouvir histórias. Vais fazer parte. Porque aqui, no meio de tudo isto, há uma coisa que não se compra — o espírito da comunidade.