Festival do Marisco 2025 em Olhão

Festival do Marisco 2025: Música boa, marisco fresco e noites quentes em Olhão

Se há coisa que o Algarve sabe fazer bem — além de pôr o sol a brilhar no momento certo — é juntar o melhor da gastronomia e da música num só evento. O Festival do Marisco de Olhão, marcado para agosto de 2025, é mais uma vez prova disso. Entre uma sapateira bem recheada e um copo de branco bem fresco, há um palco cheio de nomes que arrastam multidões e fazem bater o pé, cantar, e sim, até emocionar. Prepare-se: há festa para todos os gostos e idades.

D.A.M.A — Começar leve, com alma e refrões na ponta da língua

Dia 9 de agosto, os D.A.M.A dão o pontapé de saída no palco. O trio lisboeta é sinónimo de pop descontraído e letras que parecem escritas à mão para cada fase da vida. São aqueles sons que sabemos de cor mesmo sem dar por isso. Vai ser difícil não cantar “Oquelávai” ou “Às Vezes” ao lado de desconhecidos que, num instante, viram cúmplices de refrão. É assim que se começa um festival — com empatia e aquela energia boa que só a música feita com coração transmite.

Nininho Vaz Maia — O fado cigano com garra que prende o público

No dia seguinte, dia 10, é a vez de Nininho Vaz Maia. Ele mistura o fado com batidas mais atuais, leva a alma cigana ao palco e transforma tudo num espetáculo emocional, cru, mas ao mesmo tempo vibrante. Quem o ouviu em 2024 sabe: quando ele canta, toda a gente escuta. É voz que se sente cá dentro. Prepare-se para um concerto que talvez comece calmo, mas termina em aplausos de pé e olhos ligeiramente húmidos — e não é só por causa do vento salgado.

Xutos & Pontapés — Os eternos

Há festivais… e depois há os dias em que tocam os Xutos. No dia 11, é o rock português no seu estado mais puro. São gerações inteiras a cantar “Homem do Leme” como se fosse hino nacional, pais a explicarem aos filhos o que é “contentores” — não de carga, mas de história. Mesmo depois de tanto tempo, ver os Xutos ao vivo continua a ser um privilégio. E, sejamos honestos, quem nunca gritou “A minha casinha” no meio de uma multidão, está a perder metade da vida.

Ivandro — A nova geração que chegou para ficar

No dia 12, entra Ivandro. Jovem, cheio de talento e com uma capacidade rara de transformar versos simples em emoções profundas. Ele é a ponte entre o urbano e o íntimo, entre o Spotify e o coração. Os seus concertos têm um ritmo que embala e, de repente, explode. “Lua” ou “Moça” são já clássicos da nova vaga, mas o que o distingue é a entrega — aquela sensação de estar a cantar só para ti, mesmo rodeado de milhares.

Richie Campbell — O groove que faz o mar bater mais forte

Dia 13 é dia de dança com Richie Campbell. Ele sobe ao palco com aquele timbre quente e groove certeiro que ninguém consegue ignorar. É reggae, é dancehall, é verão em forma de som. E não é só música — é performance, é entrega total. Richie tem essa capacidade rara de, num instante, pôr toda a gente a dançar como se estivesse numa praia de Kingston (com cheiro a amêijoas à Bulhão Pato à volta, claro). Vai ser daqueles concertos que não se esquecem — pelas vibrações, pelo suor e pelos sorrisos.

Um festival que sabe mesmo ao verão

Olhão, em agosto, já é um postal ilustrado. Mas durante o Festival do Marisco, transforma-se num cenário onde o marisco é rei e a música é rainha. São seis noites de comida saborosa, artistas de peso e pôr-do-sol que parece pintado à mão. E a cereja no topo? Aquele ambiente onde se sente que ainda há tempo para saborear a vida devagar — com os pés na calçada, um copo na mão e música no ar.

Este ano, não há desculpas. Olhão espera por si — com um prato cheio e um palco em chamas.

Cartaz

Festival do Marisco 2025 em Olhão

Programa

9 de Agosto
DAMA

10 de Agosto
Nininho Vaz Maia

11 de Agosto
Xutos e Pontapés

12 de Agosto
Ivandro

13 de Agosto
Richie Campbell

14 de Agosto
Menos é Mais