Festas de São Bento da Várzea 2025 - Barcelos

Festas de São Bento da Várzea 2025 - Barcelos

Programa

02 a 10 de Julho

19h30 – Novenas

10 de Julho, quinta-feira

22h00 – Artista M&M: Miguel & Mickael

00h00 – Fogo de Artifício

11 de Julho, sexta-feira – Dia do Padrinho

07h30 – Eucaristia

09h30 – Eucaristia

11h30 – Eucaristia Solene

17h00 – Oração Meditada do Terço com Sermão

18h00 – Majestosa e imponente procissão com centenas de figurados

22h00 – Artista José Cid

00h00 – Espetáculo com DJ MC Marc Ferr

12 de Julho, sábado

08h30 – Arruada pela Freguesia com Diabólicos

19h30 – Eucaristia

22h00 – Artista Quintino Andrade

22h00 – Artista Syro

00h30 – Grande Sessão de Fogo de Artifício

00h30 – Espetáculo musical com Djs Meninos do Rio

13 de Julho, domingo

08h30 – Eucaristia

11h30 – Eucaristia

15h00 – Encontro de Folclore

Rancho Folclórico da Casa do Povo de Rio Covo – Santa Eugénia

Grupo Folclórico Santa Maria de Moure

Grupo de Bailhos e Cantares da Ilha Terceira – Açores

22h00 – Encerramento das Festividades com sessão de fogo de artificio

Há festas populares… e depois há a de São Bento da Várzea, em Barcelos. Um daqueles eventos que não se explica só com datas e nomes no cartaz — vive-se com os cinco sentidos. Cheira a manjerico e a sardinha assada, ouvem-se foguetes ao longe, e sente-se aquele calor humano que só uma festa de aldeia, bem feita, consegue manter ano após ano.

De 2 a 13 de julho, a freguesia volta a vestir-se de festa — e a verdade é que já se sente no ar o burburinho habitual. Entre as novenas, as grandes atuações musicais e os momentos religiosos carregados de simbolismo, o programa está recheado. E não, não é exagero nenhum.

O arranque: devoção à moda antiga

Tudo começa a 2 de julho, com as novenas diárias às 19 horas e 30 minutos. Pode parecer um detalhe menor no meio de um cartaz tão recheado, mas para muitos, é o verdadeiro coração da festa. São nove dias de oração, de encontro, de memória coletiva — onde vizinhos se reencontram, filhos voltam à terra e as promessas se renovam.

Não é preciso ser particularmente religioso para perceber a força simbólica destes momentos. Quem já sentiu o silêncio respeitoso de uma igreja cheia ou viu um andor a passar pelas ruas engalanadas… sabe que há ali algo que vai para lá da fé.

Quinta-feira: começa a música, abrem-se os braços

Dia 10 de julho, quinta-feira, a festa muda de ritmo. A noite promete calor — não só no termómetro, mas no palco também. Às 22 horas, Miguel & Mickael, os irmãos M&M, abrem as hostilidades com a sua energia contagiante. Não é só pimba nem só pop — é alegria no seu estado mais puro.

E claro, não seria festa em Barcelos sem um belo fogo de artifício à meia-noite. Daqueles que nos fazem olhar para cima, de queixo caído e olhos de criança. E sim, ainda há quem aplauda no fim — e faz muito bem.

Sexta-feira: Dia do Padrinho e um José Cid que dispensa apresentações

O 11 de julho é especial — é o “Dia do Padrinho”. Desde as primeiras horas da manhã que a freguesia acorda em modo solene: há Eucaristias às 07 horas e 30 minutos, 09 horas e 30 minutos e 11 horas e 30 minutos. Sim, três. Porque há quem venha de longe e não falhe. O ponto alto religioso chega às 17 horas, com o terço meditado e sermão, seguido pela procissão majestosa às 18h. E a palavra não é usada ao acaso — são centenas de figurados, andores decorados com esmero, e um silêncio solene que arrepia até os mais distraídos.

Mas à noite, o palco ganha outra vida. José Cid, esse nome eterno da música portuguesa, sobe às 22 horas. Entre baladas com história e refrões que toda a gente sabe de cor, é garantido: vai ser um daqueles concertos que dá tema de conversa até ao Natal.

E se ainda sobrar energia (e vai sobrar), o DJ MC Marc Ferr garante que ninguém vai cedo para casa.

Sábado: tradição e juventude de braço dado

12 de julho começa com arruada — daquelas que animam logo os primeiros cafés da manhã. Os Diabólicos vão andar pela freguesia, e sim, o nome diz muito. Música, batuque, e aquele toque irreverente que só o Norte sabe dar.

À noite, a escolha musical agrada a gregos e troianos: Quintino Andrade para quem gosta de música portuguesa com alma, e Syro para quem quer algo mais moderno, mais elétrico. Ambos às 22 horas, porque às vezes também é bom ter que escolher — ou simplesmente saltar de palco em palco.

E quando o relógio marcar 00 horas e 30 minutos? Há duplo espetáculo: fogo de artifício no céu e, cá em baixo, os Meninos do Rio transformam a noite numa pista de dança a céu aberto.

Domingo: folclore e o último foguete

O último dia, 13 de julho, começa como manda a tradição: com duas eucaristias — uma às 08 horas e 30 minutos e outra às 11 horas e 30 minutos. Mas é à tarde que a cultura popular mostra a sua força com o encontro de folclore.

Três grupos sobem ao palco às 15 horas:

  • Rancho Folclórico da Casa do Povo de Rio Covo – Santa Eugénia
  • Grupo Folclórico Santa Maria de Moure
  • Grupo de Bailhos e Cantares da Ilha Terceira – Açores

É mais do que música e dança — é uma viagem às raízes, aos gestos de antigamente, aos cantares com sotaques que nos aproximam.

E claro, o encerramento faz-se com fogo de artifício. Porque é assim que se despede uma festa grande: com luz, barulho e um sorriso de quem já está a contar os dias para a próxima.

Então… vêmo-nos na Várzea?

Se nunca foi à Festa de São Bento da Várzea, talvez este seja o ano certo. E se já foi, então nem é preciso convite. Porque esta é daquelas festas onde não há turistas — só convidados. Todos são recebidos como se fossem da terra.

Leve a família, os amigos, um casaquinho para a noite… e prepare-se para viver quatro dias de festa com F grande. Porque em Barcelos, a tradição ainda é o que era — e ainda bem.