Festa da Senhora das Dores 2025 em Paul

Festa da Senhora das Dores - Paul 2025

Programa

5 de julho – Sábado

20:30 – Eucaristia presidida por Sua Ex. Rev. O Bispo da Guarda seguida de procissão

23:30 – Santamaria

01:00 – DJ Giga

6 de julho – Domingo

08:00 – Alvorada Banda Filarmónica do Paul e Arruada

10:00 – Procissão

11:00 – Eucaristia no Santuário

15:00 – Abertura da Quermesse

17:00 – Cortejo Alegórico

18:30 – Concerto Banda Filarmónica do Paul

21:00 – Banda Kuminativa

22:00 – Cláudia Martins & Minhos Marotos

23:30 – Banda Kuminativa

7 de julho – Segunda-feira

12:00 – Eucaristia na Igreja Matriz

15:00 – Abertura da Quermesse | Animação Largo da Praça

21:00 – Paulo Conceição

Festa da Senhora das Dores 2025 em Paul: fé, folia e aquele calor humano que não se explica

Há tradições que resistem ao tempo como se estivessem gravadas na alma de um povo. A Festa da Senhora das Dores, em Paul, é uma delas. Chega o mês de julho e, como que por instinto, os sinos tocam diferente, as ruas ganham outra vida e as promessas feitas em silêncio preparam-se para cumprir-se em comunidade. E quem já viveu um destes fins de semana por lá… sabe bem do que estamos a falar.

Sábado: o sagrado e o espetáculo

No sábado, 5 de julho, o ambiente começa a aquecer às 20h30 com a Eucaristia, presidida por Sua Excelência Reverendíssima, o Bispo da Guarda. Segue-se a tradicional procissão — um momento de recolhimento, beleza visual e fé partilhada que, mesmo para quem não é devoto, impõe respeito. Mas o ritmo muda depressa. Às 23h30, entra em palco Santamaria — sim, esses mesmos, com hits que fazem parte da banda sonora de várias gerações. E como a noite é jovem, às 01h00 é a vez de DJ Giga tomar conta do recinto. Resultado? Pés cansados e sorrisos que não cabem na cara.

Domingo: tradição com sabor a reencontro

O dia seguinte arranca cedo — 08h00 — com alvorada e arruada da Banda Filarmónica do Paul. E há algo especial no som de uma banda a percorrer ruas estreitas logo pela manhã. A procissão repete-se às 10h00, seguida da Eucaristia no Santuário. Até aqui, tudo parece solene. Mas a tarde é uma festa pegada.

A partir das 15h00, a quermesse abre portas — e convenhamos, quem nunca saiu de lá com um brinde estranho mas feliz da vida? Às 17h00, o Cortejo Alegórico arrasta multidões e telemóveis erguidos; depois, concerto da Banda Filarmónica às 18h30, aquecendo o palco para a verdadeira maratona da noite. Banda Kuminativa às 21h00, Cláudia Martins & Minhos Marotos às 22h00, e de novo Kuminativa às 23h30 — porque quando a energia está lá em cima, ninguém quer que acabe.

Segunda-feira: o fecho com alma

A 7 de julho, segunda-feira, não é só dia de ressaca emocional. É também dia de agradecer. Ao meio-dia, há Eucaristia na Igreja Matriz, e de tarde a animação regressa ao Largo da Praça com a quermesse e atuações, encerrando com Paulo Conceição às 21h00. É mais íntimo, mais tranquilo — quase como uma despedida sussurrada, não dita em voz alta para que não doa tanto.

Então… por que é que esta festa continua a ser especial?

Porque não se limita a entreter. Ela toca onde importa. Junta fé, cultura, música e emoção como só uma festa de aldeia bem feita consegue. E no fim, quem vai… volta. Nem que seja só pelo cheiro das febras, a promessa de um reencontro ou aquela sensação — quase esquecida — de pertença.