Festas da Senhora do Socorro 2025 em Peso da Régua

Festas da Senhora do Socorro 2025 — Peso da Régua vai tremer com música, tradição e alma

Há festas que fazem parte da paisagem. E depois há as Festas da Senhora do Socorro, que não só fazem parte — como marcam. Peso da Régua, entre vinhas, rio e memórias, prepara-se para receber uma edição que promete ficar na história. Em 2025, o cartaz junta talento, emoção e uma boa dose de identidade portuguesa. Sente-se no ar que vai ser especial. Aliás, sente-se mesmo antes de começar.

De Pedro Abrunhosa a Ivandro, passando por Carolina Deslandes, Mariza, GNR e, claro, o incansável Quim Barreiros — há sons para todos os gostos e corações. Música que toca fundo, dança que se arrasta madrugada dentro, e aquela sensação de “este ano foi melhor que o anterior” que se repete sem vergonha.

Pedro Abrunhosa — A voz crua que nos conhece por dentro

Pedro sobe ao palco principal no dia 25 de julho e, sejamos honestos, ninguém escreve silêncios como ele. Aquele timbre rouco, entre a inquietação e a esperança, fala connosco. As suas letras quase nos leem por dentro, não é? Num festival cheio de alma, Abrunhosa é presença inevitável — traz o peso da palavra e a leveza do piano. Expectativas altas? Sempre. Mas com ele, já sabemos que não saímos de mãos a abanar.

Carolina Deslandes — Coração aberto, voz que abraça

Dia 26 de julho, é Carolina quem aquece o palco e, pronto, é difícil sair de um concerto dela sem um nó na garganta. Não há filtros: ela canta o que sente, e nós sentimos com ela. Carolina tem o dom de transformar emoções complexas em canções simples — e vice-versa. É música para ouvir de olhos fechados ou em coro com quem está ao lado. E cada palavra soa familiar, como se já a tivéssemos dito, mas de forma menos bonita.

Ivandro — Frescura urbana com alma portuguesa

No dia 1 de agosto, Ivandro traz a batida certa. Com um pé no R&B e outro no que se está a fazer de novo por cá, o seu som é moderno sem perder a verdade. Jovem, mas maduro. Pop, mas pessoal. As suas canções são aquelas que já se ouvem em todo o lado, mas ao vivo ganham outra dimensão. Mais cruas, mais sentidas. E o público? Vai saber cada refrão, cada pausa.

Mariza — A elegância do fado em palco grande

Sim, Mariza também está no cartaz. E é impossível ficar indiferente. Com a sua presença firme e voz arrebatadora, ela não canta só o fado — vive-o. Quando Mariza canta, há silêncio. Não por falta de entusiasmo, mas porque toda a gente fica presa ali. Ela leva o Douro até Lisboa e traz Lisboa até ao Douro. E isso, meus amigos, é raro.

Quim Barreiros — A festa começa quando ele aparece

Não se faz uma festa em Portugal sem Quim. E ainda bem. Há quem o veja como tradição, outros como comédia; a verdade é que ele é ambos e mais. É quase terapêutico: toda a gente sabe as letras, ninguém leva a mal, e o chão abana. Vai ser uma noite longa — e é mesmo isso que se quer.

GNR — Clássicos que envelhecem bem (e fazem dançar)

Os GNR são como aquele vinho do Porto mesmo bom — com o tempo, só ganham corpo. Têm aquele equilíbrio raro entre nostalgia e energia. As músicas marcaram gerações e, convenhamos, continuam a ter mais ritmo do que muito do que anda por aí. Em palco, são autênticos. E ao vivo, têm a capacidade de nos levar para outra época sem nos tirar do presente.

No fundo, a Senhora do Socorro 2025 é isso: um encontro entre o que já conhecemos e aquilo que ainda queremos sentir. Porque a música liga-nos — e nestas festas, tudo se encaixa. Mesmo quando o som pára, há sempre qualquer coisa que continua a vibrar.

25 de julho – Sexta-feira

22:00 – Pedro Abrunhosa (Palco Principal)

26 de julho – Sábado

22:00 – Carolina Deslandes (Palco Principal)

1 de agosto – Sexta-feira

22:00 – Ivandro (Palco Principal)

25 de julho – Sexta-feira

22:00 – Pedro Abrunhosa (Palco Principal)

26 de julho – Sábado

22:00 – Carolina Deslandes (Palco Principal)

1 de agosto – Sexta-feira

22:00 – Ivandro (Palco Principal)