Festas de Santa Maria Madalena 2025 em Rio Tinto

Festas de Santa Maria Madalena 2025 em Rio Tinto

Programa

11 e 12 de julho, sexta e sábado

Procissão com a Nossa Padroeira numa viatura pelas ruas da freguesia

14 de julho, segunda-feira

19:30 – Início da Novena a Santa Marinha

16 de julho, quarta-feira

21:00 – Procissão de velas

17 de julho, quinta-feira

19:30 – Início solene lausperene com exposição do Santíssimo Sacramento

18 de julho, sexta-feira

09:00 – Exposição do Santíssimo Sacramento

20:00 – Procissão, bênção do Santíssimo e eucaristia

22:00 – Atuação de Nuno Casais

19 de julho, sábado

21:00 – Atuação do Grupo Musical Dimensão Minhota

24:00 – Sessão de Fogo de Artifício

No fim, atuação DJ Congas

20 de julho, domingo

15:00 – Entrada do Grupo de Bombos S. Tiago Maior de Poiares

15:30 – Missa em honra de Santa Marinha

Procissão com diversos andores e figurados, acompanhada pelo Grupo de Bombos S. Tiago Maior

21:00 – Festival de Folclore

Grupo Folclórico Nossa Senhora da Abadia – Abade de Neiva

Rancho Folclórico de Palmeira de Faro

Rancho Folclórico de Rio Tinto (Organização)

No fim, Grandiosa Sessão de Fogo de Artifício

Festas de Santa Maria Madalena 2025: Rio Tinto veste-se de alma e tradição

Há festas que são apenas calendário, e depois há as de Santa Maria Madalena, em Rio Tinto — que são coração. De 11 a 20 de julho, a freguesia transforma-se numa celebração que junta o sagrado ao popular, os passos devotos às danças da noite, e o silêncio das velas à explosão dos foguetes. É mais do que uma festa: é um reencontro com raízes, vizinhos e memórias que passam de geração em geração.

Começa com fé sobre rodas

Sexta e sábado, dias 11 e 12, a padroeira anda à boleia — literalmente. A procissão com Santa Maria Madalena percorre as ruas da freguesia numa viatura, espalhando bênçãos em quatro rodas. É uma imagem curiosa, moderna até, mas profundamente simbólica: leva-se a fé onde o povo está. E a emoção é sempre a mesma — aquela comoção silenciosa que aperta o peito quando a imagem passa e há quem benza-se em lágrimas.

Entre novenas e luzes que falam sem palavras

A partir de 14 de julho, começa a novena dedicada a Santa Marinha — e aqui sente-se a fé mais íntima, mais doméstica até. No dia 16, quarta, a Procissão de Velas ilumina as ruas. Não há cântico que nos toque tanto como o som de centenas de vozes baixas a murmurar “Ave Maria”, nem luz tão serena como a das velas em fila. É uma beleza que não precisa ser explicada.

Quinta e sexta: solenidade, e depois… música no ar

O dia 17 marca o início do lausperene — com exposição do Santíssimo, uma tradição respeitada e carregada de simbolismo. Na sexta-feira, após a bênção e procissão, chega a música: Nuno Casais sobe ao palco às 22h para aquecer a noite. E não é exagero dizer que ali, entre as barraquinhas de farturas e o cheiro a sardinha no pão, é fácil esquecer que já passa da meia-noite.

Sábado: bombos, fogo e DJ até ao fim

No sábado, 19 de julho, a festa ganha corpo e som. Às 21h, o Grupo Dimensão Minhota dá o tom — com aquele sabor a Minho, entre o tradicional e o animado. À meia-noite, os céus explodem num espetáculo de fogo de artifício. E, como manda a regra não escrita de qualquer arraial que se preze, a noite só termina com o DJ — desta vez, o DJ Congas garante o fecho em alta rotação.

Domingo: bombos, fé e folclore com cheiro a tradição

O último dia, 20 de julho, começa com bombos (claro!) — o Grupo de S. Tiago Maior de Poiares entra às 15h com aquele estrondo bom que arrepia. Segue-se a missa e a procissão com andores e figurados, numa moldura humana comovente. E à noite, o Festival de Folclore. Três grupos, três estilos, mas um só sentimento — orgulho nas raízes. A fechar, uma última sessão de fogo de artifício, porque ninguém vai embora sem olhar uma última vez para o céu.

As Festas de Santa Maria Madalena não se explicam só pelo programa. Explicam-se com o coração — e com a forma como, por uns dias, Rio Tinto se transforma num lugar onde tudo faz sentido.