Festa da Senhora das Dores 2025 em Telões

Programa
18 de julho, sexta-feira
07:00 – Alvorada de morteiros
21:30 – Missa com procissão de velas
19 de julho, sábado
07:00 – Alvorada de morteiros
09:00 – Passeio de Motas/Motorizadas
10:30 – Concentração de Gado
14:00 – Concurso Pecuário, Raça Maronesa
14:30 – Animação com o Grupo de Bombos Dour de Lamego
16:30 – Entrega dos prémios do concurso Pecuário
17:00 – Inscrições para corrida de cavalos
17:30 – Corrida de Cavalos
22:30 – Atuação do Grupo Costa Verde
02:00 – DJ LOK
20 de julho, domingo
07:00 – Alvorada de morteiros
08:30 – Arruada de Bombos pelas ruas principais da freguesia com o Grupo de Bombos Dour de Lamego
13:45 – Entrada da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Vila Pouca de Aguiar, Banda Musical do Pontido, Banda Musical de Nogueira
16:00 – Missa Solene acompanhada pela Banda do Pontido
17:00 – Procissão com andores ornamentados de flores e dezenas de figuras bíblicas, acompanhada pelas referidas Bandas Musicais, Fanfarra e Cavalos
21:30 – Atuação da Banda Musical do Pontido e Banda Musical de Nogueira
23:00 – Atuação do grupo musical Banda Kampus
00:00 – Lançamento de Fogo de Artifício e de Fogo Preso com imagens de Sr. Padre Manoel do Couto e Nª Srª das Dores
02:00 – DJ MENEZES
21 de julho, segunda-feira
07:00 – Alvorada de morteiros
15:00 – Jogos Populares
19:00 – Missa conforme o zelo apostólico do Padre Manoel do Couto, pelos afilhos e pecadores
22:30 – Atuação do Grupo Musical Função Pública
Festa da Senhora das Dores 2025 em Telões: quatro dias de alma cheia
Não é apenas uma festa — é um momento que mexe com a terra e com quem nela cresceu. A Festa da Senhora das Dores, em Telões, é daquelas celebrações que juntam fé, tradição, barulho bom e aquele cheiro a pó e alecrim que só os verões do interior têm. De 18 a 21 de julho, há muito mais do que missa e procissão: há cavalos a galopar, bombos a bater forte e noites que se esticam até ao nascer do dia.
Sexta começa com fé, mas já se sente o burburinho
Logo às 7 da manhã de sexta-feira, os morteiros acordam a freguesia — sem cerimónias. Quem dorme ali perto já sabe que esse estrondo é sinal de festa a sério. À noite, a missa com procissão de velas cria um ambiente especial. Um silêncio bonito, quebrado apenas pelos passos, pelas orações e pela luz quente das velas — quem vive fora sente logo o nó na garganta quando volta só para este momento.
Sábado: cavalos, bombos e música até de madrugada
Sábado, dia 19, é um vendaval de atividades — no bom sentido. Começa com motorizadas às 9h, passa pela concentração de gado às 10:30, e culmina no concurso pecuário da raça Maronesa, com prémios, vaidades e aquele orgulho serrano que não se ensina, herda-se. Às 14:30, os Bombos de Lamego enchem as ruas com ritmo e cor, e logo depois é a vez da Corrida de Cavalos — que ainda hoje é um dos momentos mais esperados, vá-se lá saber porquê, talvez pela adrenalina ou pelos aplausos improvisados.
À noite, a festa vira outro bicho: Grupo Costa Verde às 22:30 e, claro, DJ LOK a partir das 2 da manhã — para quem já não se contenta só com folclore.
Domingo: o grande dia da Senhora das Dores
Domingo, 20 de julho, é o coração da festa. Bombos logo cedo, depois a chegada das bandas e fanfarras, e à tarde, a Missa Solene e a Procissão com os famosos andores floridos e figuras bíblicas. A cena é mesmo de filme: música, cavalos, gente nas janelas, aplausos espontâneos e uma emoção que atravessa gerações.
À noite, há música em força com a Banda Kampus, fogo de artifício às 00h (com imagens do Sr. Padre Manoel do Couto e da Senhora das Dores, o que mostra bem o carinho que Telões guarda por estas figuras), e ainda DJ Menezes pela madrugada fora.
Segunda para fechar com alma e sentido
Depois de tanto ritmo, a segunda, dia 21, chega com mais calma — mas não menos significado. Há jogos populares à tarde, e uma missa muito particular ao final do dia, dedicada aos afilhos e pecadores, celebrada com aquele zelo quase poético do Padre Manoel do Couto. E para encerrar, o grupo Função Pública garante que a despedida seja feita a rir, a cantar e — quem sabe — com um pé já na próxima edição.
É festa, é fé, é povo — e Telões sabe como se faz.