Festas de Santa Marta 2025 em Alcanhões

Festas de Santa Marta 2025 em Alcanhões

Programa

25 de julho – Sexta-feira

19:30 – Abertura oficial do recinto da feira com Welcome Drink

20:00 – Abertura das tasquinhas com Serviço de Jantares

22:30 – Espetáculo com o grupo Fora de Série

02:00 – After Hours Party com DJ Thiago Moita

26 de julho – Sábado

09:30 – Abertura do recinto

12:00 – Abertura das tasquinhas para serviço de almoços

18:30 – Receção aos Ranchos Participantes no 41º Festival de Folclore de Alcanhões no Salão Nobre da Junta de Freguesia

19:00 – Abertura das tasquinhas para serviço de jantares

22:00 – Início do 41º Festival de Folclore de Alcanhões com os seguintes ranchos:

Rancho Folclórico dos Moleanos – Alcobaça

Rancho Folclórico da Cortelha – Algarve

Rancho Folclórico Tardariz – Douro

Rancho Folclórico Tamar – Nazaré

Rancho Folclórico de Alcanhões – Ribatejo

00:30 – Atuação dos DJs

27 de julho – Domingo

09:30 – Abertura do recinto

12:00 – Abertura das tasquinhas para serviço de almoços

19:30 – Serviço de Jantares

20:30 – 2º Encontro de Acordeão de Alcanhões

22:00 – Espetáculo de Fado

Fadistas: Célia Leiria, Diogo Ferreira

Guitarra Portuguesa: Pedro Amendoeira

Viola de Fado: Pedro Pinhal, Nani

Viola Baixo: Nani

00:00 – Encerramento da Feira de Santa Marta 2025

Festas de Santa Marta 2025 em Alcanhões: três dias de tradição, música e alma ribatejana

Se há coisa que os ribatejanos sabem fazer bem, é celebrar — e em Alcanhões, a festa já tem data marcada. De 25 a 27 de julho, as Festas de Santa Marta regressam com aquela combinação saborosa de tradição, animação noturna e um toque de bairrismo que nos aquece por dentro, mesmo quando o verão se mostra impiedoso.

Não é só mais uma festa de verão. É a festa. E se ainda está a pensar se vale a pena dar lá um salto, deixe-se ficar mais um bocadinho por aqui. Há detalhes que merecem ser saboreados devagar, como uma boa ginjinha à sombra da igreja matriz.

Sexta-feira com sabor a reencontro

Na sexta, dia 25 de julho, as portas abrem às 19h30 com um welcome drink — e, convenhamos, começar a noite com um copo na mão e amigos ao lado é meio caminho andado para um serão bem passado. As tasquinhas entram em ação logo a seguir, às 20h00, servindo jantares daqueles que confortam o estômago e a alma. Petiscos à moda antiga, feitos com tempo e com amor, porque em Alcanhões ninguém cozinha à pressa.

Às 22h30, o palco pertence ao grupo Fora de Série. E se o nome levanta expectativas, a energia deles confirma tudo: boa disposição, ritmos contagiantes e aquele toque ligeiramente irreverente que faz a malta levantar da cadeira sem dar por isso. Depois da meia-noite? Bem, a festa não acaba, transforma-se. Às 02h00 entra em cena o DJ Thiago Moita, para uma after hours party como deve ser — daquelas que nos fazem esquecer o despertador do dia seguinte.

Sábado é tradição, folclore e danças que falam com os pés

Sábado, dia 26, começa cedo, às 09h30, com a abertura do recinto. Mas é ao fim da tarde que a vila se enche de cor, trajes típicos e sorrisos sinceros. Às 18h30, os ranchos folclóricos são recebidos com pompa e circunstância no Salão Nobre da Junta de Freguesia. É o aquecimento para o 41º Festival de Folclore de Alcanhões — um dos mais antigos e respeitados da região. Não é exagero, é orgulho.

Às 22h00, começa o espetáculo que junta cinco ranchos de várias zonas do país. Vêm dos Moleanos, da Cortelha, de Tardariz, da Nazaré e, claro, os anfitriões de Alcanhões. Cada um traz a sua música, os seus passos, os seus contos enraizados em gerações de lavradores, pastores e gente do campo. E é nesse cruzamento de histórias que a cultura popular se mantém viva — mesmo em tempos de TikTok e Spotify.

Depois da meia-noite, a noite volta a ganhar ritmo urbano com os DJs em palco. Porque Alcanhões sabe respeitar o passado… mas também gosta de dançar o presente.

Domingo de acordeão, fado e aquela nostalgia boa

O domingo começa mais sereno, com o recinto a abrir às 09h30 e as tasquinhas a servirem almoços a partir do meio-dia. Se há dia para vir em família, este é o tal. Com menos correria, mais tempo para saborear uma bifana bem puxada, ou provar aquela sobremesa caseira que já não se encontra em lado nenhum (a não ser feitas por uma avó de mãos generosas).

Às 20h30, o 2º Encontro de Acordeão de Alcanhões promete arrancar sorrisos aos mais velhos e surpreender os mais novos. Porque ouvir um acordeonista virtuoso é como ver um cozinheiro a cortar cebola sem chorar — há ali magia nas pontas dos dedos.

Mas o verdadeiro fecho de ouro acontece às 22h00, com o espetáculo de fado. Sim, fado. Aquele que nos aperta o peito, que nos lembra quem já partiu e quem ainda nos segura. Célia Leiria e Diogo Ferreira, acompanhados por nomes maiores da guitarra portuguesa como Pedro Amendoeira e Pedro Pinhal, vão trazer esse momento mais íntimo, mais nosso. Porque há horas em que não se dança, escuta-se. E sente-se, muito.

Mais que uma festa, um pedaço de identidade

As Festas de Santa Marta não são apenas música ou tasquinhas. São um espelho da comunidade, do orgulho local e da vontade de manter viva uma identidade que se constrói em pequenos gestos: no sorriso de quem serve vinho, no carinho com que se recebe um rancho visitante, ou na lágrima escondida ao ouvir um fado bem cantado.

Se calhar não encontra influencers a fazer stories por lá. Mas vai encontrar pessoas de verdade, conversas sem filtros e memórias que não se apagam com um scroll.

Por isso, marque no calendário: de 25 a 27 de julho, Alcanhões é o lugar onde tradição e alegria se cruzam, à sombra da santa e com o coração aberto. Traga amigos, família — ou venha sozinho. Porque quem chega por curiosidade, fica por carinho.