Festas de Santo Apolinário 2025 em Urros

Santo Apolinário 2025 em Urros: a festa que ainda se faz com alma

Há festas que se anunciam com cartazes e luzes — e depois há as de Urros, que se sentem ao longe, nas conversas de café, nos carros que já sabem o caminho e no cheiro a vitela grelhada. As Festas de Santo Apolinário 2025 prometem cinco dias em que o tempo desacelera… e o coração acelera.

Quinta-feira: tudo começa à mesa

Sim, começa logo com comida — como se quer. A posta de vitela do almoço convívio, marcada para as 13h de quinta-feira, já é tradição. São 20 euros por um prato que vale tanto pelo sabor como pela conversa em volta. Aqui, quem vem sozinho sai acompanhado. E quem já é da terra, reencontra sempre alguém que não via há anos.

Sexta: sueca, chincalhão e Ricky Show

À sexta-feira, às 16h, a competição é séria — mas com risos à mistura. Os jogos tradicionais, como a sueca e o chincalhão, reúnem gerações à mesma mesa. Não há prémios em dinheiro, mas há histórias para o ano inteiro. Depois, à noite, Ricky Show aquece o arraial com música para mexer o esqueleto. E olha que mexe mesmo.

Sábado: fé, marcha e música com Brinco Baile

O sábado começa às 10h com a chegada da Banda Filarmónica de Alfândega da Fé — e não é apenas para animar, é para dar dignidade ao que vem. Às 17h, segue-se a procissão até ao Santuário, com direito a Missa Solene e tudo o que merece o santo da terra. Mais tarde, a música do conjunto Brinco Baile promete ser animada, dançável, e com aquele toque popular que faz as cadeiras virarem pista de dança.

Domingo: bênçãos, folclore e um tal de Rilufe

Domingo às 10h há missa, mas com um detalhe muito local: a bênção das viaturas. É bonito ver as pessoas levarem o carro à fé, como se fosse parte da família. À tarde, o bazar dá um toque de feira, e o Grupo Folclórico Riba Côa traz dança, tradição e aquele orgulho que só o folclore sabe mostrar. Às 22h, o grupo Rilufe fecha o dia com um arraial à antiga, daqueles em que se dança sem hora para parar.

Segunda-feira: a fé que nunca falha

Último dia, mas ninguém abranda. Às 09h, a Banda de Alfândega da Fé regressa e acompanha a missa e procissão da manhã. O dia é de gratidão — por mais uma festa feita, por todos os que voltaram, e pelos que ainda virão. Às 22h30, Rui Monteiro</strong encerra as festividades com música popular portuguesa e aquele sabor de despedida com gosto a “até para o ano”.