Festas de Samora Correia (Senhora da Oliveira) 2025

Festas de Samora Correia (Senhora da Oliveira) 2025

Programa

14 Agosto (Quinta-feira)

Sonido Andaluz

15 Agosto (Sexta-feira)

Bandidos do Cante

16 Agosto (Sábado)

Atoa

17 Agosto (Domingo)

Syro

18 Agosto (Segunda-feira)

Tributo a José Cid

Agosto, calor, cheiro a fartura e música no ar. Só isso já bastava para chamar o povo. Mas em Samora Correia, há mais — há emoção, há tradição e há cinco noites que marcam o verão no Ribatejo. De 14 a 18 de agosto, a cidade veste-se de festa para receber as Festas da Senhora da Oliveira 2025. E quem conhece, sabe bem: isto não é apenas um cartaz de concertos. É uma celebração vivida com alma e entregue de coração aberto.

Quinta-feira, 14 de agosto: começa suave, mas com alma espanhola

O arranque é discreto, mas não passa despercebido. A quinta-feira (sim, a véspera de feriado!) é marcada pela atuação de Sonido Andaluz. E se o nome já diz muito, o som diz ainda mais. Flamenco, rumba, aquele calor musical que faz as ancas mexerem sozinhas — é o tipo de noite que começa sentada e acaba com palmas no ar. A influência andaluza cai que nem ginjas num público que sabe apreciar um bom toque ibérico.

Sexta-feira, feriado de corpo e alma: entra o cante no coração ribatejano

Dia 15 de agosto, feriado nacional, dia de celebração religiosa e… de festa a sério. Os Bandidos do Cante sobem ao palco com aquele timbre único, entre o fado e a tradição alentejana, mas com uma energia contagiante. O nome pode soar provocador, mas o que roubam mesmo é a atenção e, vá… uns quantos corações.

Por esta altura, a praça já está cheia, a sardinha a pingar no pão, os copos meio cheios (ou meio vazios, depende da perspetiva) e as famílias espalhadas entre bancos de jardim e cadeiras improvisadas.

Sábado, 16 de agosto: é dia de levantar pó com Átoa

Chega o sábado e com ele, os Átoa. Banda jovem, som moderno, letras que colam e refrões prontos a serem gritados por quem tem menos de 30 — e também pelos mais velhos que não resistem a acompanhar com um “na minha altura é que era, mas isto até é giro”.

É aquela noite em que os miúdos ficam até mais tarde, os pais fingem que estão só a vigiar mas sabem as letras todas, e os avós… bem, os avós só pedem que não haja muito barulho no dia seguinte. Spoiler: vai haver.

Domingo, 17 de agosto: Syro traz a intensidade

No domingo, entra em cena Syro, com o seu pop sentimental, sofisticado, cheio de energia mas também de momentos introspectivos. É o tipo de concerto que começa calmo e termina com gritos apaixonados vindos da plateia — e talvez um ou outro pedido de casamento improvisado.

É a noite dos afetos, aquela em que os casais aproveitam para dançar devagar, e os solteiros… bem, fazem de conta que foram só pela música.

Segunda-feira, 18 de agosto: fechar com memória, homenageando um ícone

Quando muitos pensam que a festa já acabou, eis que a segunda-feira chega para provar o contrário. E não com qualquer coisa. Estamos a falar de um Tributo a José Cid — nome que dispensa apresentações, mesmo para quem nasceu depois do “Como o macaco gosta de banana”.

É o fecho perfeito: nostálgico, animado, cheio de vozes a cantar “A cabana junto à praia” e outras que fazem parte da banda sonora de tantas vidas. Um encerramento com classe, com humor, e com aquela sensação de que valeu mesmo a pena.

Então, vamos ou não vamos?

As Festas da Senhora da Oliveira são daquelas que não precisam de marketing complicado. Basta dizer que há música boa, convívio verdadeiro, cheiro a bifana, alegria genuína e noites de verão onde tudo parece fazer sentido.

Em Samora Correia, a tradição continua viva — não como uma coisa do passado, mas como um presente que se renova a cada agosto. E este ano, de 14 a 18, há cinco boas razões para aparecer. Ou melhor… há cinco noites inteiras. E isso, meus amigos, é coisa rara.