Festas de Santa Ana 2025 em Oliveira do Hospital

Programa
25 de julho – Sexta-feira
19:00 – Início da Novena
2 de agosto – Sábado
22:00 – Atuação do Grupo Paulo Henriques
00:30 – Fogo de Artifício
3 de agosto – Domingo
08:00 – Arruada do Grupo Bombos Pedra e Racha, pelas ruas da cidade
10:30 – Missa acompanhada pelo Grupo Coral Santa Ana
16:00 – Atuação do Grupo Cavaquinhos Caça e Pesca
18:00 – Terço
19:00 – Procissão acompanhada pela Banda Filarmónica de S. Gião, pelas ruas históricas
22:00 – Atuação do Grupo Musical Irmãos Coragem
Festas de Santa Ana 2025 em Oliveira do Hospital: tradição com alma
Há festas que marcam uma terra. Outras, marcam-nos a nós. As Festas de Santa Ana em Oliveira do Hospital são daquelas que fazem as duas coisas — e fazem-nas bem. Não é só uma celebração religiosa ou um alinhamento de atuações; é o sentir coletivo de um povo que honra as suas raízes, sem esquecer o gosto de estar junto, em pleno verão, com música no ar e fé no coração.
Primeiros sinais: começa a novena
A 25 de julho, com a chegada da novena, o ambiente muda subtilmente na cidade. Quem conhece sabe — é ali que começa tudo. As ruas vão ganhando aquele brilho discreto, os preparativos intensificam-se, e sente-se que algo está prestes a acontecer. Não é rebuliço, é expectativa — da boa.
Sábado à noite é para dançar e olhar para o céu
No dia 2 de agosto, a noite pertence ao Grupo Paulo Henriques. A sua energia já é conhecida por estas bandas e promete pôr muita gente a abanar o pé, da juventude mais recatada aos veteranos do bailarico. Mas não se vá embora cedo — à meia-noite e meia, o céu veste-se de luzes com o tão esperado fogo de artifício. E sim, há sempre quem diga que supera o do ano anterior.
Domingo: da alvorada à procissão, um dia cheio de alma
O domingo, 3 de agosto, começa cedo — muito cedo. Às 8 da manhã, os Bombos Pedra e Racha fazem soar o coração da cidade, com aquela batida crua que acorda até os mais teimosos. Às 10h30, a Missa, acompanhada pelo Grupo Coral Santa Ana, junta o lado mais sereno da fé ao canto coletivo de quem reza com música.
De tarde, há de tudo um pouco: os Cavaquinhos Caça e Pesca sobem ao palco às 16h com o seu estilo tão nosso, misto de tradição e boa disposição. Depois do terço às 18h, segue-se a procissão — e que procissão. Acompanhada pela Banda Filarmónica de S. Gião, serpenteia pelas ruas históricas como só as boas procissões sabem fazer: com respeito, beleza e aquela emoção que custa descrever, mas que toda a gente sente.
Para fechar, o Grupo Musical Irmãos Coragem toma conta da noite com o seu repertório popular e cheio de alma. É o ponto final perfeito — ou, vá lá, uma vírgula até ao próximo ano.
Mais do que uma festa, um reencontro com a identidade
Não há como explicar tudo o que se vive em Santa Ana. Cada um sente à sua maneira — uns pela fé, outros pela música, muitos pelos reencontros. Mas há uma certeza: quem passa por Oliveira do Hospital nesta altura, leva daqui mais do que recordações. Leva uma história partilhada, uma tarde bem passada, ou até um abraço que já fazia falta. E isso, sejamos sinceros, é o que importa.