Festas de Santa Ana 2025 em Telhadela
Programa
18 de julho, sexta-feira
19:00 – Abertura do Bar da Comissão
Elevação do tradicional Mastro de Santa Ana
Atuação das Concertinas de Mouquim
19 de julho, sábado
22:00 – Atuação do Grupo Ondas
20 de julho, domingo
07:00 – Alvorada
09:45 – Missa em Honra de Santa Ana
11:00 – Arruada com a Banda Filarmónica de Ribeira de Fráguas
17:00 – Oração do Terço seguida de Procissão
22:00 – Atuação da Banda Time
21 de julho, segunda-feira
19:00 – Oração do Terço
22:00 – Atuação do Grupo GJ Show
23:00 – Atuação de Ti Maria
26 de julho, sábado
15:00 – Bar aberto
17:30 – Missa em Honra de Santa Ana e ação de graças a todos os avós seguida de Brinde a todos os avós
22:00 – Atuação do grupo Kapittal
Festas de Santa Ana 2025 em Telhadela: onde a tradição ainda é o que era
Há lugares que guardam a alma das suas gentes em pequenos gestos e grandes festas. Telhadela é um deles. Todos os anos, a aldeia transforma-se — e a Festa de Santa Ana não é só mais um evento no calendário: é aquele reencontro com o que somos, com os que partiram e com a memória de quem fica. Este ano, a festa prolonga-se de 18 a 26 de julho, num ritmo entre a devoção e a alegria descomplicada que só as aldeias sabem oferecer.
Sexta-feira: levanta-se o mastro, levanta-se a festa
A sexta arranca às 19h com o bar da Comissão a abrir as hostilidades — e convenhamos, nada como um copo de vinho fresco ao final da tarde para pôr a conversa em dia. Logo a seguir, é erguido o tradicional Mastro de Santa Ana. Parece um detalhe, mas quem cresceu com esta imagem sabe que o mastro não é só um pau no meio do largo — é sinal de que a aldeia entrou oficialmente em festa. E para animar os ouvidos (e as pernas), as Concertinas de Mouquim trazem aquele som rústico e contagiante que atravessa gerações.
Sábado: música no ar e sorrisos na cara
Com o cair da noite, a animação sobe ao palco. Às 22h, o Grupo Ondas traz o baile, a festa e aquele misto de nostalgia com energia que nos faz esquecer as horas. Não há dress code, nem fila VIP — só vontade de dançar, rir e cantar em coro refrões que já sabemos de cor.
Domingo: o dia mais sério… mas nem por isso menos bonito
A alvorada logo às 7h é daquelas tradições que muitos fingem odiar… mas no fundo adoram. A missa em honra de Santa Ana às 9:45 dá o tom espiritual ao dia, e a Banda Filarmónica de Ribeira de Fráguas, com a sua arruada às 11h, traz uma elegância sonora que nos faz parar para escutar — mesmo quem não é dado a música de sopros. Às 17h, a Procissão toma conta das ruas com aquela solenidade comovente que dá pele de galinha. E para fechar o domingo com garra, há atuação da Banda Time às 22h — nome curto, energia longa.
Segunda-feira: Terço, palco e gargalhadas
Na segunda, o Terço volta a marcar presença às 19h. Mas depois é tempo de descomplicar: o Grupo GJ Show aquece o palco às 22h e, uma hora depois, entra em cena Ti Maria. E se há personagem que rouba a cena com humor e talento, é ela. Prepare-se para rir, porque Ti Maria não perdoa nem os compadres nem os forasteiros — e isso é o mais divertido.
Dia 26: homenagem aos avós — com música, missa e memórias
Uma semana depois, no sábado 26 de julho, o bar volta a abrir às 15h, porque ninguém resiste a um último brinde. Às 17:30, celebra-se a Missa em honra de Santa Ana — padroeira dos avós — seguida de um momento comovente: o brinde a todos os avós da terra. Aqueles que criaram filhos e netos, muitas vezes sem pedir nada em troca. Depois da emoção, vem a festa: o grupo Kapittal entra em palco às 22h para fechar a edição 2025 com música, alma e aquele sabor agridoce do “já acabou?”.
No fundo, em Telhadela, a Festa de Santa Ana não é só festa. É memória, é reencontro e é, ano após ano, a prova de que a terra nunca esquece os seus.