Festas de São Mateus 2025 em Viseu
Festas de São Mateus 2025: Viseu em festa durante mais de um mês
Há eventos que fazem parte da alma de uma cidade. Em Viseu, as Festas de São Mateus são mais do que um simples cartaz de concertos: são o reencontro com a tradição, a celebração das raízes e, ao mesmo tempo, a porta aberta para o mundo. Este ano, entre 8 de agosto e 20 de setembro, o recinto volta a encher-se de luzes, sons e aromas que só quem já lá esteve sabe descrever.
É aquele momento do ano em que a cidade parece crescer. As ruas ficam mais vivas, as praças mais cheias e a noite… bem, a noite é uma mistura de música, gargalhadas e passos apressados entre o palco, as tasquinhas e as diversões. Quem vem uma vez, volta. Quem volta, já traz companhia.
Agosto começa com força
O arranque das festas dá-se a 8 de agosto com Matias Damásio, mestre das canções românticas e da entrega ao palco. Um dia depois, Dillaz leva o hip hop para a arena principal, com letras que falam tanto de ruas quanto de sentimentos. A 11 de agosto, os GNR regressam a Viseu, e é fácil adivinhar: vai haver coros coletivos de “Dunas” até não haver voz.
No dia seguinte, Calema traz um pop suave, envolvente, daqueles que até os mais reservados acabam por cantar. E, a 14 de agosto, o palco recebe Lukas Graham, banda dinamarquesa conhecida pelo tema “7 Years” — um daqueles momentos que promete ser de arrepiar. Segue-se, a 15, “Para Sempre MARCO”, um tributo que vai mexer com a nostalgia de muitos, e, no dia 16, Fernando Daniel com a sua intensidade vocal que transforma baladas em experiências quase catárticas.
O coração do verão
A meio do mês, a música continua a pulsar. Nininho Vaz Maia, a 19 de agosto, traz um registo marcado pelo fado e flamenco. Três dias depois, Bárbara Tinoco enche o palco de delicadeza e ironia nas palavras. A 23, Miguel Araújo volta a provar porque é um dos melhores contadores de histórias em forma de canção.
Agosto ainda guarda Carolina de Deus, a 26, com o seu timbre doce mas firme, e fecha em grande a 30 com os Gipsy Kings by André Reyes — porque há sempre espaço para dançar, nem que seja de sapatos na mão.
Setembro mantém o fôlego
Joana Almeirante abre o mês a 2 de setembro, acompanhada por Nena, numa noite que deve agradar a quem gosta de um ambiente mais intimista. A 5, é tempo de fado com Mariza — e aqui, não há como escapar ao arrepio quando a voz sobe. Logo no dia seguinte, Tiago Nacarato junta-se à Orquestra Bamba Social para um espetáculo que promete fusão e improviso.
Depois, o cartaz vira clássico: Taxi, a 7 de setembro, leva-nos de volta aos anos 80, enquanto João Só, no dia 9, oferece baladas pop que parecem cartas abertas. No dia 13, Bispo chega com um hip hop mais cru, e, a 16, os Fingertips trazem a melodia que marcou os anos 2000 de muita gente.
O adeus com sabor a “até para o ano”
As despedidas começam a 19 de setembro com Padre Guilherme & Banda Sinfónica do Exército, num momento que mistura música, solenidade e emoção. E, no dia seguinte, Rita Guerra encerra com a sua voz inconfundível, capaz de fazer um silêncio absoluto no recinto — ou um coro uníssono, dependendo da canção.
Mais do que música
Claro que o cartaz é de peso, mas as Festas de São Mateus vivem também de tudo o que as rodeia. As tasquinhas onde se prova o melhor da gastronomia regional. O cheiro doce das farturas e o salgado das bifanas no pão. As luzes das diversões a piscarem no fundo do recinto, como se chamassem pelo lado criança de cada visitante. E as bancas de artesanato, onde se descobre sempre uma peça inesperada para levar para casa.
Há quem vá só para os concertos, e há quem vá pela experiência completa: jantar, dar uma volta pelo recinto, encontrar amigos “por acaso” e, claro, acabar a noite com uma música a ecoar na cabeça. No fim, pouco importa o motivo — o que conta é que o São Mateus é um ritual, quase um ponto de encontro anual.
Um festival que é de todos
Talvez seja isso que mantém viva a chama do São Mateus: a sua capacidade de agradar a públicos tão diferentes. Os mais jovens encontram nomes que falam a sua linguagem. Quem procura memórias, encontra-as nos clássicos. E há sempre lugar para a descoberta, para aquela banda ou cantor que se ouve pela primeira vez e que, no dia seguinte, já está na playlist.
Em Viseu, estas festas não são apenas tradição. São também um palco aberto ao mundo, onde a cultura popular se mistura com o espetáculo, onde a saudade caminha de mãos dadas com a novidade. É por isso que, ano após ano, o São Mateus continua a ser “a feira franca mais antiga da Península Ibérica” e, mais importante ainda, um pedaço vivo da identidade da cidade.
Portanto, marque as datas. E, se nunca foi, talvez este seja o ano certo para perceber porque é que em Viseu, no verão, todos os caminhos vão dar ao São Mateus.
Cartaz

Programa
08 de Agosto – Sexta-feira
22:00 – Matias Damásio
09 de Agosto – Sábado
22:00 – Dillaz
11 de Agosto – Segunda-feira
22:00 – GNR
12 de Agosto – Terça-feira
22:00 – Calema
14 de Agosto – Quinta-feira
22:00 – Lukas Graham
15 de Agosto – Sexta-feira
22:00 – Para Sempre MARCO
16 de Agosto – Sábado
22:00 – Fernando Daniel
19 de Agosto – Terça-feira
22:00 – Nininho Vaz Maia
22 de Agosto8 – Terça-feira
22:00 – Bárbara Tinoco
23 de Agosto – Sábado
22:00 – Miguel Araújo
26 de Agosto – Terça-feira
22:00 – Carolina de Deus
30 de Agosto – Sábado
22:00 – Gipsy Kings by André Reyes
02 de Setembro – Sexta-feira
22:00 – Joana Almeirante
Convidada Especail: Nena
05 de Setembro – Terça-feira
22:00 – Mariza
06 de Setembro – Quarta-feira
22:30 – Orquestra Bamba Social & Tiago Nacarato
07 de Setembro – Quinta-feira
22:00 – Taxi
09 de Setembro – Segunda-feira
22:00 – João Só
16 de Setembro – Segunda-feira
22:00 – Fingertips
13 de Setembro – Quarta-feira
22:00 – Bispo
19 de Setembro – Quinta-feira
22:00 – Padre Guilherme & Banda Sinfónica do Exército
20 de Setembro – Quarta-feira
22:30 – Rita Guerra