Festas de São Tiago 2025 em Celorico de Basto

Programa

25 de julho, sexta-feira

Santamaria

26 de julho, sábado

Clemente

Quatro e Meia

27 de julho, domingo

Desgarradas Borguinha e Naty

Festas de São Tiago 2025 em Celorico de Basto: onde a tradição ainda é o que era

Há festas que nos tocam fundo — não só pela música ou pelo cartaz, mas pelo cheiro a povo, a sardinha assada, a terra molhada pela rega ao fim da tarde. As Festas de São Tiago, em Celorico de Basto, de 25 a 27 de julho, são dessas. Não há truques, nem luzes exageradas. Há alma. E isso, hoje em dia, já diz tudo.

É uma daquelas festas que sabe equilibrar o moderno com o tradicional. Um pouco como aquele tio que ainda ouve rádio em AM mas já tem Spotify no telemóvel. E isso nota-se no cartaz deste ano — uma mistura certeira entre nostalgia e frescura, entre o romantismo de sempre e a batida que se cola à pele.

Santamaria — eletrónica com sotaque do Norte

Sexta-feira, 25 de julho, abre com força — e não é força de expressão. Os Santamaria estão de volta aos palcos e trazem consigo aquela eletrónica pop que marcou uma geração inteira. Quem não cantou “Eu sei, tu és” no carro, com os vidros abertos e o rádio no máximo? O grupo continua fiel ao seu estilo: energético, intenso e com refrões que nos arrancam um “ah, esta!”. Vai ser noite de saltar, de puxar pela voz e, muito provavelmente, de reviver os anos 2000 como se o tempo não tivesse passado.

Os Quatro e Meia — poesia vestida de música

No sábado, dia 26, o ambiente muda de tom, mas não de emoção. Os Quatro e Meia sobem ao palco com a sua mistura de folk-pop suave, letras inteligentes e aquele charme discreto que já conquistou meia nação. O grupo tem o dom de transformar histórias comuns em canções memoráveis. E ao vivo, são ainda melhores. Celorico vai parar para ouvir — e cantar baixinho, como quem não quer que o momento acabe. Prepare-se para uma noite onde a música nos abraça com palavras bonitas.

Mais do que música, um encontro de afetos

Domingo fecha com tradição no palco: desgarradas à moda antiga, com Borguinha e Naty a dar o tom. Improvisos, risos, trocadilhos rápidos como trovões — tudo com aquele sabor genuíno que só o Minho e arredores sabem servir. E entre um refrão e outro, quem sabe não há uma dança, uma poncha e mais uma história para contar?

As Festas de São Tiago são assim. Não pedem muito — mas dão tudo. Apareça. Mesmo que seja só para “dar uma volta”. O resto acontece sozinho.