Festas de São Tomé 2025 - Mira

Programa
23 de Julho, 4ª Feira
19h30 – Tasquinhas: Ursos das Gaitas
21h00 – Tasquinhas:Gurilaz Dance Crew
23h00 – Palco: Resistência
FAX
24 de Julho, 5ª Feira
Tasquinhas
19h30 – Tasquinhas:Carlos Pinto e os Diabólicos
21h00 – Tasquinhas:Forró só o Fole
23h00 – Palco: Emanuel/p>
Top Som
25 de Julho, 6ª Feira
21h00 – Jardim: Morfina
23h00 – Palco: Bandas Filarmónicas
23h00 – Jardim: Espetáculo Piromusical
00h30 – Palco: KKBB
26 de Julho, Sábado – Dia das Comunidades
21h00 – Tasquinhas:Resenha do Samba
23h00 – Palco: HMB
Palco: David Antunes
27 de Julho, Domingo
21h00 – Tasquinhas:Rob Salinger Band
23h00 – Palco: Girodisco
Palco: Funkoff
Palco: Kura
Há festas que se vivem com os pés, outras com o coração. As Festas de São Tomé em Mira conseguem as duas coisas — e mais umas quantas. São cinco dias onde tudo acontece: desde os concertos que nos puxam para a frente do palco, até às tasquinhas onde se saboreiam petiscos com sotaques diferentes. E este ano, de 23 a 27 de julho, a programação está mesmo de se tirar o chapéu (ou o boné, se preferires).
Quarta-feira (23 de julho): uma estreia à maneira
A abrir as hostilidades — no bom sentido — temos um começo com alma e variedade. Às 19 horas e trinta minutos, os Ursos das Gaitas trazem aquele som tradicional, cheio de folia, às tasquinhas. E sabes como é… começa-se a dançar sem dar conta. Depois, às 21 horas, a energia sobe com os Gurilaz Dance Crew — dança urbana com aquele toque eletrizante que nos faz pensar: “como é que eles fazem aquilo com os pés?”
E quando derem as onze, o palco principal recebe um nome que dispensa apresentações: Resistência. Sim, os mesmos que marcaram uma geração com letras que ainda hoje se cantam de olhos fechados. Vai ser daqueles concertos que nos põem a vibrar por dentro e por fora.
Quinta-feira (24 de julho): de forró a Emanuel — e não falta alegria
Na quinta, o ambiente aquece ainda mais. As tasquinhas recebem às 19 horas e trinta minutos Carlos Pinto e os Diabólicos — nome curioso, som ainda mais. Às 21 horas, entra em cena o Forró Só o Fole, a dar aquele cheirinho a Brasil com pé ligeiro e sorrisos largos. Já às 23 horas… é Emanuel quem manda. Sim, aquele mesmo — o do “Pimba, Pimba”. Queiramos ou não, a verdade é que mal ele começa, a pista de dança forma-se sozinha. Uma espécie de feitiço nacional, vá.
E se a música não parar — e não vai parar — o coletivo Top Som também se junta à festa para manter o ritmo no topo. Literalmente.
Sexta-feira (25 de julho): uma noite que brilha — no céu e no palco
Sexta é para levar mais a sério (mas não demasiado). Às 21 horas, o Jardim é tomado pelos Morfina — e apesar do nome, o concerto promete ser tudo menos sonolento. Às 23 horas, temos dois momentos a acontecer em paralelo: Bandas Filarmónicas no palco e um espetáculo que nunca falha — o Piromusical no Jardim. Fogo-de-artifício, música sincronizada, olhos no céu. Aqueles minutos mágicos em que ninguém fala — só se ouve um “uau” aqui e ali.
E porque a noite ainda é uma criança (mesmo que nós já não sejamos), KKBB fecha o palco com energia que parece inesgotável.
Sábado (26 de julho): Dia das Comunidades — um festival dentro da festa
Este é um dos dias mais bonitos — e não é por acaso. O Dia das Comunidades é sobre juntar quem está, quem esteve e quem volta sempre. É festa com sentimento.
Às 21 horas, as tasquinhas são animadas pela Resenha do Samba, trazendo batucadas que pedem pé descalço e alma leve. E depois, dois nomes grandes a ocupar o palco principal: HMB e David Antunes. Um com soul moderna, outro com aquele charme pop à portuguesa — juntos, prometem uma noite sem tempos mortos.
Domingo (27 de julho): fechar com tudo — literalmente tudo
No último dia, quando pensarmos que já vimos tudo, a festa mostra que ainda tem muito para dar. Às 21 horas, há Rob Salinger Band nas tasquinhas — um som internacional com sabor local. Depois, a maratona final:
- Girodisco no palco, com aquele ambiente disco revival que nos leva aos anos 80 sem pedir licença;
- Funkoff, com o groove que faz até os mais sérios abanar a anca;
- E, claro, o encerramento à grande com Kura, um dos DJs portugueses mais reconhecidos fora de portas.
É aquela noite para esquecer o relógio e deixar o corpo decidir quando é hora de ir embora.
Mas afinal, o que têm as Festas de São Tomé que as outras não têm?
Boa pergunta. Talvez seja o cheiro a bifanas misturado com o som dos risos. Ou a forma como miúdos e graúdos partilham o mesmo espaço sem atropelos. Talvez seja essa mistura de tradição, modernidade e “à-vontade” que só uma vila como Mira sabe dar.
São festas que nos fazem sentir parte de algo maior — mesmo que seja só por uns dias. Onde cada tasquinha conta uma história, cada concerto faz um eco no peito, e cada reencontro nos lembra porque é que voltamos sempre.
Então, já sabes: de 23 a 27 de julho, Mira não é só um destino — é uma paragem obrigatória. Marca no calendário, prepara o apetite e leva o bom humor. A festa está garantida. E tu, vens?