Festival da Sardinha 2025 na Praia do Pedrógão

Programa
3 de julho – Quarta-feira
22:30 – Rosinha
4 de julho – Quinta-feira
22:30 – Nemanus
5 de julho – Sexta-feira
22:30 – Fernando Daniel
10 de julho – Quarta-feira
Convida Eduardo Madeira
22:30 – Emanuel Moura
11 de julho – Quinta-feira
22:30 – Tributo Ivete Sangalo
12 de julho – Sexta-feira
22:30 – Maninho
Tem coisa mais portuguesa do que sardinha assada, música que nos faz dançar até doer os pés e noites quentes passadas à beira-mar? Pois é isso mesmo que a Praia do Pedrógão vai oferecer em julho de 2025. Mas calma, isto não é só mais uma festa — é quase um reencontro com aquilo que nos faz sentir em casa, mesmo quando estamos rodeados de milhares de pessoas.
Julho com sabor a brasas… e memórias
Julho chega sempre com aquele cheirinho a férias, mas no Pedrógão, chega com aroma a sardinha na grelha. É impossível passar por lá e não sentir o estômago a dar sinais de vida só com o cheiro. E a música? Essa é daquelas que entra pelos ouvidos e vai direto ao coração — ou aos pés, que começam logo a mexer.
A programação é de fazer inveja a muito festival urbano. E tudo começa logo a 3 de julho, uma quarta-feira que promete não ser nada morna. Rosinha sobe ao palco às 22h30, e quem já a viu ao vivo sabe que é sinónimo de gargalhadas, ritmo popular e um espetáculo que tem tanto de provocador como de divertido. Preparem-se para refrões atrevidos e uma multidão bem-disposta.
Quinta, sexta… e o fim de semana promete
Na quinta-feira (4 de julho), temos os Némanus — esses especialistas em transformar qualquer espaço num bailarico. Vai-se dançar, vai-se rir, e vai-se cantar com os braços no ar como se não houvesse amanhã. Aliás, até pode não haver… pelo menos para as dores musculares que vêm no dia seguinte.
Mas é sexta (5 de julho) que a coisa aquece a sério. Fernando Daniel toma conta do palco, e já se sabe que este é daqueles que junta gerações. Os mais novos gritam, os mais velhos respeitam — e todos se emocionam. Músicas que nos tocam onde custa mais e uma presença em palco que é quase íntima. Sim, pode haver lágrimas. E tudo bem com isso.
Uma pausa (meia verdade) e depois voltamos ao ataque
Depois de um pequeno intervalo no fim de semana seguinte (ou, como dizem os locais, “um descanso para o fígado e os ouvidos”), o festival regressa a 10 de julho com o humor de Eduardo Madeira a aquecer as hostes e Emanuel Moura a fechar com chave de ouro. E olha que Emanuel não brinca — mistura de fado, pop e um bocadinho daquela nostalgia boa.
Na quinta (11 de julho), o ritmo muda — mas continua intenso. Um tributo a Ivete Sangalo vai encher o areal com sons quentes do Brasil, porque, convenhamos, a energia da Ivete é um fenómeno quase religioso. Quem nunca gritou “Arerê” às três da manhã que atire a primeira sandália.
E para fechar com estrondo: Maninho, no dia 12. Novo, mas já com nome feito. É pop, é suave, mas com força — e tem aquele quê de romantismo moderno que sabe bem. Principalmente quando se dança com areia nos pés e a brisa do mar a bater de lado.
Não é só a sardinha — é tudo o que vem com ela
Claro que o festival tem sardinha. Mas tem também aquela sensação que se perdeu um bocado nos últimos anos — a de comunidade. Pessoas que não se conhecem a brindarem juntas. Crianças a correr com algodão doce na mão. Senhores da junta a servirem copos com a gravata ao pescoço e o sorriso de quem está em casa.
E depois há as bancas de artesanato, os carrinhos de farturas, as conversas a meio da rua, os reencontros inesperados com primos de segundo grau. E, se formos sinceros, também há as filas para a casa de banho — mas isso já faz parte da mística.
Então, vamos?
Julho não espera. E, se há lugar onde vale mesmo a pena estar este verão, é na Praia do Pedrógão. Porque isto não é só um festival — é uma desculpa perfeita para parar, respirar e viver como se fosse sempre sábado.
Por isso, guarda esta data. Leva os miúdos, convida os pais, aparece com amigos ou sozinho — porque a verdade é que lá, ninguém fica sozinho por muito tempo.
A sardinha é o pretexto. A música é a trilha sonora. Mas o que se vive lá… isso, só quem vai é que entende.