Festival de Verão 2025 em Amadora

Festival de Verão 2025 na Amadora: Quatro noites, uma alma

Há coisas que não se explicam, sentem-se. O Festival de Verão 2025 da Amadora é uma dessas coisas. De 10 a 13 de julho, a cidade ganha corpo e voz numa celebração que mistura alegria comunitária com grandes nomes da música. E sim, pode parecer um cartaz simples à primeira vista… mas quem conhece, sabe que estas noites têm magia.

Quinta-feira: Calema e aquela energia boa

Começa com quem sabe aquecer corações — os Calema. Irmãos, músicos e um verdadeiro fenómeno popular. Já os ouviu ao vivo? Acredite, não é o mesmo que no Spotify do carro. É mais íntimo, mais direto. As letras cantadas em uníssono pela multidão? Arrepia. E nem é só pela batida — é pela cumplicidade, pela emoção que salta do palco para a pele.

Sexta: José Malhoa e o poder do pimba sem vergonha

José Malhoa é daqueles artistas que muitos não admitem adorar… mas sabem as letras todas. Vamos ser honestos: ninguém fica parado quando ele entra em palco. Há sempre aquela tia que dança sem filtros, o amigo que finge ironia e acaba a fazer coreografia. É pimba com orgulho, como deve ser. E faz parte da alma portuguesa — quer queiramos, quer não.

Sábado: Tito Paris, uma viagem ao coração de Cabo Verde

Se há noite para abrandar e fechar os olhos por um instante, é esta. Tito Paris traz consigo a morna, a saudade e aquele tom que embala a alma. Dá vontade de agarrar uma cadeira de plástico, uma cerveja fresca e simplesmente ouvir. Deixar a voz dele fazer o resto. Não é só música — é memória coletiva, é colo musical.

Domingo: emoção em dose dupla com Jéssica Xaveiro e Amália Sinfónico

Para fechar, uma noite com dois momentos muito distintos, mas igualmente especiais. Primeiro, Jéssica Xaveiro, com a sua força jovem e frescura. Depois, Amália Sinfónico — um tributo digno à maior voz portuguesa, agora com uma roupagem orquestral que dá arrepios. É um final de festival que convida ao silêncio respeitoso entre cada aplauso.

No fundo, o Festival da Amadora é isto: quatro noites, quatro estilos, uma cidade que sabe receber e um público que sente tudo à flor da pele. Não tem a dimensão dos grandes festivais de verão — mas tem algo que muitos já perderam: verdade.

10 de julho – Quinta-feira

Calema

11 de julho – Sexta-feira

José Malhoa

12 de julho – Sábado

Tito Paris

13 de julho – Domingo

Jéssica Xaveiro

Amália Sinfónico