Festival Sabores e Tradição 2025 - Maia

Programa
27 de Junho – Sexta
19:30 – Abertura do Festival
21:30 – Martim Costa
22:00 – Nel Monteiro e Elas
23:45 – DJ Júnior
01:00 – Encerramento
28 de Junho – Sábado
12:00 – Abertura do Festival
15:00 – Apanha do Linho
16:30 – Vem Espadelar
18:00 – Pão à Moda Antiga
21:45 – XXXVI Tradições do Povo
Grupo Folclórico Cantas e Cramois de Pias
Grupo de Folclore das Terras da Nobrega
Rancho Folclórico do Pego
Grupo Folclórico da Universidade do Minho
Grupo de Danças e Cantares Nº Srª de Guadalupe
00:00 – Arraial Noturno
01:00 – Encerramento
29 de Junho – Domingo
12:00 – Abertura do Festival
15:00 – Jogos Tradicionais
18:00 – Festival de Danças Urbanas
21:30 – Rui Xará e Miguel 7 Estacas
00:00 – Encerramento
Festival Sabores e Tradição 2025 – Três dias para celebrar o que somos
Vamos ser sinceros: há festas que nos distraem e há festas que nos lembram quem somos. O Festival Sabores e Tradição 2025, na Maia, pertence à segunda categoria. Não é só música nem apenas gastronomia — é uma espécie de reencontro anual com as raízes, os cheiros da infância, as vozes que parecem vir de outros tempos… e aquele caldo verde servido tarde demais, mas que sabe sempre a hora certa.
Sexta: Abertura com cheiro a festa (e com Nel Monteiro, claro)
O arranque, na sexta-feira, 27 de junho, é o típico “começa só às 19h30”, mas toda a gente sabe que a festa já anda a fervilhar nos bastidores desde o almoço. O cartaz é claro: Martim Costa aquece os motores às 21h30 com aquela energia jovem que mistura voz limpa com boas letras. Mas a estrela da noite — e vamos chamar os bois pelos nomes — é mesmo Nel Monteiro, que sobe ao palco às 22h acompanhado pelas enérgicas Elas. Só quem nunca dançou ao som de “Azar na Praia” pode fingir que não está entusiasmado.
Depois disso, entra DJ Júnior, que faz o que os DJs fazem bem: transforma a praça num clube ao ar livre. E até quem já ia a caminho do carro volta para mais uma música. Ou duas. Ou até à uma da manhã.
Sábado: Linho, pão e tradição com cheiro a arraial
Sábado, dia 28, o festival acorda cedo (ou pelo menos tenta). A partir das 12h00, o recinto abre de novo e convida ao passeio tranquilo entre bancas, tachos, conversas cruzadas e cheiro a coisas boas.
E depois… há linho. Sim, leu bem. Às 15h, começa a Apanha do Linho. Uma atividade que, para muitos, soa a museu vivo — e é mesmo isso. Em seguida, vem o “Vem Espadelar” às 16h30 (quem sabe, sabe) e depois, o cheirinho mais esperado: Pão à Moda Antiga, às 18h. Aquele momento em que o cheiro do forno supera qualquer batida de DJ.
A noite traz o mais profundo orgulho cultural: o XXXVI Tradições do Povo, às 21h45, junta em palco grupos folclóricos que são verdadeiros arquivos vivos da nossa cultura. Desde os Cantas e Cramois de Pias até ao Grupo da Universidade do Minho, passando por danças e cantares da Senhora de Guadalupe — é como se o tempo parasse, só para nos lembrar de onde viemos.
E claro, a meia-noite marca o início do arraial noturno. Porque isto é a Maia, e aqui sabe-se dançar até ao fim.
Domingo: Risos, dança urbana e um adeus com gosto de quero mais
Domingo é aquele dia que vem com uma pontinha de melancolia. Mas o festival recusa-se a acabar em modo lento.
Logo às 15h, os Jogos Tradicionais trazem gargalhadas de todas as idades. E entre corridas de sacos, malhas e outros desafios de rua, revive-se uma simplicidade feliz. Às 18h, tudo muda de tom: o palco recebe o Festival de Danças Urbanas, uma injeção de energia jovem, moderna, com sneakers a voar e coreografias afinadas ao milímetro.
Mas o fecho… ah, o fecho é especial. Porque às 21h30 sobem ao palco Rui Xará e Miguel 7 Estacas — dois mestres da comédia que sabem exatamente como rir connosco (e de nós próprios, claro). É o tipo de final que não precisa de fogos de artifício — só de uma boa gargalhada partilhada.
Mais do que festa: é memória viva
Sabes quando dás por ti a contar histórias sobre um evento ainda antes de ele acabar? O Sabores e Tradição é isso. É aquele festival onde o avô dança com o neto, onde se partilha uma bifana com um desconhecido, onde o riso é tão importante quanto a música ou a comida.
E a verdade é que, mesmo sem querer, acabamos por fazer parte da tradição também. Seja a experimentar o linho, a cantar com Nel Monteiro ou a rir com Rui Xará, há sempre algo que nos liga — uns aos outros e às nossas origens.
Por isso, se estiveres por perto da Maia no final de junho… já sabes. Não prometemos que vás querer voltar para casa cedo. E, honestamente, quem é que quer?