Sons da Ria 2025 em Ílhavo

Programa
12 de julho
15:00 – 22:00 – Feira Eletrónica com DJ Bikas, DJ João Ribau, DJ Lorhan, DJ Miguel Rendeiro
20:00 – Freddy Strings
22:00 – José Pinhal Post-Mortem Experience
00:00 – Vasco Ramalheira (Discothèque DJ Set)
13 de julho
15:00 – 22:00 – Feira Eletrónica com DJ Jaso, DJ João Sanhudo, Dual Frequency, Tomás Marnoto
16:00 – Edevez
18:00 – Banda Música Nova
20:00 – Tríptico
Sons da Ria 2025: Ílhavo sintoniza-se com a música (e com a vida)
Há festivais que nos deixam a pensar: “Como é que isto passou tão depressa?”. Sons da Ria, em Ílhavo, é exatamente assim. Durante dois dias — 12 e 13 de julho — a cidade transforma-se num ponto de encontro entre batidas eletrónicas, acordes ao vivo e aquela energia de verão que parece pôr tudo no lugar. Não é só música, é uma espécie de recarregar de alma com vista para a ria.
Feira Eletrónica: onde o ritmo nunca se perde
Tanto no sábado como no domingo, das 15h às 22h, a Feira Eletrónica é o coração que bate mais forte. DJs como Bikas, João Ribau, Lorhan, Miguel Rendeiro, Jaso, João Sanhudo, Dual Frequency e Tomás Marnoto vão ocupar o espaço com sons que passeiam entre o deep, o house e aquela eletrónica mais solarenga que combina com cerveja fresca e conversa leve.
É o tipo de ambiente onde se pode dançar, claro — mas também simplesmente estar. Porque nem sempre é preciso mexer os pés para sentir a música a fazer efeito. Às vezes, basta o sol na pele e um bom som no ar para tudo fazer sentido.
Sábado à noite: de cordas quentes a karaoke dançante
Às 20h de sábado, entra Freddy Strings — nome que soa a festa, mas também a alma. Com um estilo que mistura folk com indie, é provável que nos leve numa viagem meio nostálgica, meio feliz, daquelas que pedem olhos fechados e um sorriso meio solto. Logo depois, às 22h, chega José Pinhal Post-Mortem Experience. Se nunca viu, prepare-se: é uma homenagem excêntrica, divertida e cheia de ritmo ao universo kitsch da música portuguesa dos anos 80. Quem já dançou ao som de “Tu És a Que Eu Quero” sabe que isto é mais do que nostalgia — é puro entretenimento com molho pica-pau.
E quando já parece que o sábado acabou? Vasco Ramalheira assume os pratos à meia-noite com um DJ set à moda antiga: beats pegadiços, piscadelas ao disco e aquele espírito de discoteca de bairro com classe. A noite vai longe. E ainda bem.
Domingo com outras afinações: da nova música à tradição
No domingo, o ambiente muda de tom — mas não perde a magia. Às 16h, Edevez traz um pop-rock cru, quase íntimo. Depois, às 18h, a Banda Música Nova sobe ao palco, provavelmente com arranjos que misturam tradição e arrojo — afinal, é música filarmónica, mas não é qualquer uma.
Às 20h, Tríptico encerra o festival. Um trio com nome sugestivo e som que se estende por vários géneros. Não é fácil de rotular — e ainda bem. Porque, no fim, Sons da Ria é isso mesmo: não cabe numa só gaveta. É leve sem ser vazio. É festa, mas com conteúdo. E, sobretudo, é Ílhavo a mostrar que sabe viver… com banda sonora à altura.